terça-feira, 31 de agosto de 2010

ADEUS TRANÇAS COR DE OURO

Adeus Tranças Cor de Ouro

Adeus tranças cor de ouro,
Adeus peito cor de neve!
Adeus cofre onde estar deve
Escondido o meu tesouro!

Adeus bonina, adeus lírio
Do meu exílio de abrolhos!
Adeus, ó luz dos meus olhos
E meu tão doce martírio!

Adeus meu amor-perfeito,
Adeus tesouro escondido,
E de guardado, perdido
No mais íntimo do peito.

Desfeito sonho dourado,
Nuvem desfeita de incenso
Em quem dormindo só penso,
Em quem só penso acordado!

Visão, sim, mas visão linda,
Sonho meu desvanecido!
Meu paraíso perdido
Que de longe adoro ainda!

Nuvem que ao sopro da aragem
Voou nas asas de prata,
Mas no lago que a retrata
Deixou esculpida a imagem!

Rosa de amor desfolhada
Que n'alma deixou o aroma,
Como o deixa na redoma
Fina essência evaporada!

Gota de orvalho que o vento
Levou do cálix das flores,
Curto abril dos meus amores,
Primavera de um momento!

Adeus Sol, que me alumia
Pelas ondas do oceano
Desta vida, deste engano,
Deste sonho de um só dia!

No mesmo arbusto onde o ninho
Teceu a ave inocente,
Se volta a quadra inclemente,
Acha abrigo o passarinho;

Mas eu nesta soledade
Quando em meus sonhos te estreito
Rosto a rosto, peito a peito,
Acordo e acho a saudade!

Adeus pois morte! adeus vida!
Adeus infortúnio e sorte!
Adeus estrela-do-norte!
Adeus bússola perdida!


João de Deus, in 'Campo de Flores'

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

HEIDI

JOHANNA SPYRI-CELEBRIDADE DA SUÍÇA


Johanna Spyri
De Wikipedia, a enciclopedia livre

Johanna SpyriJohanna Spyri (Hirzel, 12 de junho de 1827 - Zurique, 7 de julho de 1901) foi uma escritora suíça. Seu nome de soltera era Johanna Louise Heusser. É conhecida mundialmente por seu conto de Heidi.

"Desde a risueña e antiga cidade de Maienfeld parte um caminho que, entre verdes campos e tupidos bosques, chega até o pé dos Alpes majestuosos, que dominam aquela parte do vale. Desde ali, o caminho começa a subir até a cume das montanhas através de prados de pastos e olorosas ervas que abundan em tão elevadas terras".

Com esta poética descrição, começa a mais famosa das obras desta autora, que tem feito as delícias de todos os meninos do mundo durante várias gerações: Heidi.

Biografia
Johanna Spyri nasceu em Suíça como Johanna Louise Heusser, o 12 de junho de 1827, na aldeia de Hirzel, nas alturas, a uns 11 km de Zurique.

Hirzel é um pequeno povoado emplazado na verde saia de uma colina. Para chegar até ali há que atravessar extensos bosques de pinos; quando estes terminam, o caminho está bordeado por árvores frutales. Na aldeia há flores por todos os lados, as casas são pequenas e confortables, tendo a maioria delas uma huerta e também jardim.

Johanna foi a quarta filha do casal formado pelo Dr. Johann Heusser e da poetisa Meta Sebweizer. Sua casa branca, que ainda se conserva, esta localizada nas afueras de Hirzel, justo quando o terreno começa a ascender a montanha verde. Desde a janela do andar superior, obtém-se uma vista dos pinos e do Lago de Zurique. Johanna foi uma menina sensível, com enorme amor pela música, as aves e as flores dos campos alpinos e dos bosques próximos a seu lar.

A escola à qual coincidiu primeiro Johanna, e depois seus irmãos, tinha sido um granero no meio de um sembradío. Seguramente seu primeiro maestro deveu ter sido muito pouco hábil para confundir seu timidez com holgazanería, humilhando-a constantemente ante toda a classe. O resultado foi que a sacou de ali e a enviou à outra escola da aldeia, que funcionava em casa do pastor da villa.

Aos 14 anos, Johanna foi a viver a Zurique à casa de uma tia, e ali assistiu durante dois períodos lectivos a classes de idiomas estrangeiros contemporâneos, ao mesmo tempo que tomou lições de piano]]. Depois passa em um ano em um internado da cidade da Suíça francófona, Yverdon.

Seu afición musical sempre foi evidente. Gostava muito do piano, até que escutou o som da harpa. Em um dia, quando ela e sua amiga Netti Fries caminhavam pelas ruas da cidade, viram uma harpa no escaparate de uma loja musical. Decidiram comprá-la mas não tinham o dinheiro suficiente. Sacrificaram então suas poupanças, juntaram o dinheiro de ambas e fizeram a compra. Como não se decidiam em qual das casas ficaria guardada a harpa, chegaram a um acordo: trocá-la-iam a cada duas semanas. Assim foi que Johanna cumpriu um de seus maiores sonhos: aprender esse difícil mas belo instrumento de sensatas.

Durante sete anos, entre 1845 e 1852, Johanna transforma-se em maestra de suas irmãs menores, aproveitando o tempo livre para fazer leituras que foram enriquecendo sua capital intelectual e espiritual. Nas épocas de férias, sua afinidad com a natureza levava-a para a região de Chur, palco que depois seria transladado como a principal cenografia da acção de Heidi.

Em 1852, sua vida muda radicalmente. Seu irmão Theodor, estudante de medicina, tinha um amigo estudante de direito, Bernard Spyri, quem desenvolvia também as tarefas de editor do diário Confederated Newspaper. Em uma oportunidade, quando Bernard visita a Theodor, conhece a Johanna, se apaixona dela e terminam se casando, radicándose definitivamente em Zurique.

Para ocupar o tempo que lhe ficava livre e para não se sentir tão sozinha, sobretudo porque sentia muita nostalgia de seus lugares, começa a participar, junto com duas amigas, em um grupo artístico e literário. Não obstante estas distracções, seu espírito vai decayendo até sumir-se em uma funda depresión e um sentimento de solidão superlativo que a fizeram se sentir realmente doente. Esta vivência seria transladada depois à história de Heidi, quando a menina deve deixar Suíça para viver em Frankfurt, longe do ar puro e do som do vento entre as folhas dos pinos. Só pôde superar esta doença quando nasceu seu filho, Bernhard, em 1855.

A partir de 1868, o Sr. Spyri é nomeado contador da cidade. Devido às novas obrigações e a ter que frequentar outros círculos sociais, o casal se muda a uma casa no centro de Zurique, próxima ao lago. Seu filho, ao mesmo tempo, avança em seus estudos musicais e chega a ser um bom violinista, executando dúos com sua mãe ao piano. É durante esta época que Johanna começa a escrever com intensidade, com o objecto de arrecadar fundos para a Cruz Vermelha Internacional e seu primeiro livro Uma folha na tumba de Vrony, vê a luz em 1871, assinada só com o iniciais J.S. Em 1870, quando Johanna tinha 43 anos, enquanto Europa suportava a Guerra Franco-Prusiana, com a intenção de lhe fazer passar momentos gratos a seu filho, sua pluma abordou com paixão as próprias lembranças infantis, que foram plasmándose com maestría infinita na vida da menina huérfana que vai viver às montanhas com seu avô. Tinha nascido Heidi, que seria publicado dez anos mais tarde, em 1880, já com o nome de sua autora, daí em mais: Johanna Spyri.

Entre 1872 e 1873, continua produzindo obras narrativas, enlaçadas por um tema em comum: as felizes vivências do passado, da infância e adolescencia, ensambladas no processo do mudo interior que o presente ocasionava.

A partir de 1879 começa o período mais productivo na narrativa de Johanna, escrevendo vinte livros em cinco anos, período que corresponde à publicação de Heidi.

1884 é um ano que marcá-la-ia para sempre, pois falecem primeiro seu filho, aquejado de uma longa doença, e depois seu esposo e colega, ficando sozinha na vida. Decide mudar-se de casa, consegue uma moradia mais central, e uma sobrinita vai viver com ela para que não se sentisse completamente sozinha. A partir de então Johanna faz muitas obras de caridade e escreve para deleitar a sua sobrinha, tal como tinha feito com seu filho três lustros atrás.

Viúva aos cinquenta e três anos, Johanna Spyri viveu serenamente em Zurique, escrevendo muitos contos sobre os meninos que vivem nas montanhas, com seus costumes e seus brinquedos que eles mesmos fabricavam, e seu contínuo diálogo com os animais e as paisagens do meio. Assim, nos últimos anos de sua vida, entre 1886 e 1901, escreve quarenta e oito conto s, tomando férias durante os primeiros meses do novo século pois seu agotamiento era muito grande. Translada-se então a diferentes pontos dos Alpes suíços, chega também ao norte da Itália, e incursiona pelo Lago de Genebra.

Esses relatos começaram a adquirir fama no mundo exterior, Johanna começou a fazer-se muito conhecida e o requerimiento dos críticos, editores e gente de letras era permanente, pelo qual a autora de Heidi evadió a cada vez mais o contacto com o público. Desejava sinceramente evitá-lo, porque preferia "não expor os aspectos mais íntimos e profundos de sua alma ante os olhos humanos”.

Faleceu em Zurique, o 7 de julho de 1901.

Suíça sente verdadeiro orgulho de Johanna Spyri e sua obra, e homenageou-as em múltiplas oportunidades em selos postales e moeda. Evidentemente, Heidi resultou a todas luzes mais famosa que sua criadora já que é, sem lugar a dúvidas, um das personagens mais conhecidas da literatura suíça em general e da literatura infantil em particular. Não só é uma figura literária, uma personagem de ficção]], senão que é a encarnación alegórica da sociedade suíça pois representa à natureza intacta dos Alpes com seus praderas, montanhas e paisagens idílicos.

Além da série de "Heidi", outros livros da autora são: "Grittli ", "Jörli", "A pequena selvagem", "O lago dos sonhos", "Luisita", "Sem Pátria", "Heimatlos", "Sina" e "Verirrt und Gefunden".

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SHAKSPEARE

Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o insecto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.

de williiam shakespeare

QUEM FOI SHAKESPEARE



Origem: Wikipédia
William Shakespeare


O Retrato de Chandos; pintura atribuída a John Taylor e com autenticidade desconhecida. National Portrait Gallery, London.
Nascimento 26 de Abril de 1564 (baptizado)
Stratford-upon-Avon, Warwickshire, Inglaterra
Morte 23 de Abril de 1616
Stratford-upon-Avon, Inglaterra
Ocupação Dramaturgo e poeta
Gênero literário Tragédia, drama, comédia, poesia, romance
Magnum opus Hamlet
Idéias notáveis Ser ou não ser?
Principais trabalhos Romeu e Julieta, Hamlet, Sonho de uma Noite de Verão etc.

William Shakespeare (baptizado em 26 de Abril de 1564 – 23 de Abril de 1616)[1] foi um poeta e dramaturgo inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo.[2] É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra e de "Bardo do Avon" (ou simplesmente The Bard, "O Bardo"). De suas obras restaram até os dias de hoje 38 peças,[3] 154 sonetos, dois longos poemas narrativos, e diversos outros poemas. Suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do globo, e são encenadas mais do que qualquer outro dramaturgo.[4] Muitos de seus textos e temas, especialmente os do teatro, permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com freqüência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. Entre suas obras mais conhecidas estão Romeu e Julieta, que se tornou a história de amor por excelência, e Hamlet, que possui uma das frases mais conhecidas da língua inglesa: To be or not to be: that's the question (Ser ou não ser, eis a questão).

Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon. Aos 18 anos, segundo alguns estudiosos, casou-se com Anne Hathaway, que lhe concedeu três filhos: Susanna, e os gêmeos Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro chamada Lord Chamberlain's Men, mais tarde conhecida como King's Men. Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613, morrendo três anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física, sexualidade, crenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas teriam sido escritas por outros autores.[5]

Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e histórias, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo Hamlet, Rei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa. Nesta sua última fase, escreveu tragicomédias, também conhecidas como romances, e colaborou com outros dramaturgos. Diversas de suas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão, durante sua vida. Em 1623 dois de seus antigos colegas de teatro publicaram o First Folio, uma coletánea de suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo de sua autoria.

Shakespeare foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível em que se encontra hoje no século XIX. Os românticos, especialmente, aclamaram a genialidade de Shakespeare, e os vitorianos idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard Shaw chamava de "bardolatria".[6] No século XX sua obra foi adotada e redescoberta repetidamente por novos movimentos, tanto na academia e quanto na performance. Suas peças permanecem extremamente populares hoje em dia , e são estudadas, encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos contextos culturais e políticos, por todo o mundo

TESTE DE CULTURA

PENSE ANTES DE VER AS RESPOSTAS

1-QUAL A VELOCIDADE DO SOM PELO AR?
.
2-QUAL A VELOCIDADE DO SOM PELA ÁGUA?
.
3-QUAL A VELOCIDADE DA LUZ?
.
4-QUANTO MEDE O TÚNEL SOB OS ALPES?
.
5-QUANDO SE ABRIU O TÚNEL SOB OS ALPES?
.
6-QUANTOS ANOS LEVOU A CONSTRUIR O TÚNEL SOB OS ALPES?
.
7-COMO SE CHAMA A CORDILHEIRA QUE SEPARA A ARGENTINA DO CHILE?
.
8-QUANTO MEDE A CORDILHEIRA ATRÁS REFERIDA?
.
9-QUAL A GUERRA QUE FEZ PERDER À ALEMANHA TODAS AS SUAS COLÓNIAS?
.
10-QUANTOS ANOS DUROU A GUERRA ATRÁS REFERIDA?

RESPOSTAS:
1-345/m/S
2.1,435m/S
3.300 000Km/S
4-19800m
5-24-2-1905
6-7 ANOS
7-ANDES
8-7300 Km
9-PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
10-1914-1918

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

UM CONTINHO.CÁLCULOS MATEMÁTICOS

E quando teve que fazer os cálculos do seu imposto complementar, o Segismundo resolveu tudo simplesmente:
-Multiplicou o seu ordenado pelo número de anos de trabalho, dividiu pelo número de anos de trabalho, dividiu o resultado pelo número de filhos do vizinho, Somou ao resultado obtido a quantidade de teclas da sua máquina, tirou a tudo o número de cabelos brancos, adicionou as galinhas de criação, subtraiu o número do eléctrico que passava na sua rua, multiplicou tudo pelos anos de sua esposa. Achou o resultado parcial e resolveu juntar-lhe o número do seu bilhete de identidade e tirar o número da matrícula do seu carro. Feitas as contas achou o resultado simpático e resolve dar um tiro na cabeça.
Contas astronómicas e catastróficas!

CANÇÃO DA SAUDADE

Quem sente saudades chora
um pranto que não se vê...
Choramos a qualquer hora,
sem mesmo saber porquê!
.
Saudade é termo que ainda
não teve no mundo igual!
É a palavra mais linda
que nasceu em Portugal.
.
Saudades, são inscrições
gravadas na sepultura
das doces recordações
dos bons dias de aventura!
.
A saudade é calor
que a nossa lembrança aquece!
- Brazeiro eterno de amor
é fogo que não fenece!
.
Saudade é planta que cresce
no campo do coração:
- Em cada vez que floresce
traz nova recordação!
.
Rio de Janeiro, 1957
Raimundo Corrêa Gonçalves

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

MÁXIMAS POPULARES SOBRE O CASAMENTO


1-Nem boda sem canto, nem morte sem pranto.

2-Nem sempre casa, quem desposa.

3-Nem tão formosa que mate, nem tão feia que enfarte.

4-Nem tão velha que caia, nem tão nova que erga a saia.

5.Por cobiça de florim, não cases com mulher ruim

6-Moça virtuosa, Deus a desfaça.

7-Não há casamento pobre, nem mortalha rica.

8-Não há panela sem testo.

9-Moça com velho casada, velha é julgada,

10-No dia em que casas, ou te matas ou te curas.

11-O crime duma mulher, é a chave do divórcio.

12-Quando a bolsa é magra, aceita-se mulher gorda.

13-Quem longe vai casar, ou vai enganado, ou quer enganar.

14- O casamento é um enxerto. Às vezes não pega.

\5-Casamento, apartamento.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

ACONTECEU POR UNS TEMPOS




Um dia, abri a janela do quarto de minha mãe, quando no vão desta, escondido pelo stor, vi um ninho com três passarinhos. Fiquei encantada com os très biquinhos abertos. Pouco depois, no arbusto do quintal vi um rouxinol que me deu a perceber que era a mãe.


Apressei-me a fechar a janela e durante muito tempo fui-me embalando com a criação do trio.


Certo dia encontrei o ninho vazio. Os passarinhos deixaram o ninho.Estariam criados ou teriam sido comidos por algum gato?


A minha preocupação desvaneceu-se quando ,um dia, em que regava o jardim, um rouxinol parecia brincar comigo, indo beber da água que saía da mangueira enquanto regava.


Amores de crianças que alegram a nossa juventude.


Maria do Rosário Guerra

terça-feira, 17 de agosto de 2010

CURIOSIDADES

Sabem quantas horas de Sol,por ano, gozam certos países europeus?
Portugal e Espanha, 3 000 horas;
A Itália 2 300 horas
A França 2 000 horas
A Alemanha apenas 1 700 horas
Isto supondo que nunca estivesse o céu nublado
e sem chuva ou nevoeiro

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

UMA CAIXA DE LÁPIS

A Joana tinha uma caixa de lápis com muitas e lindas cores.
As cores umas eram quentes e outras frias e brilhantes.
Com a cor vermelha pintava as feridas mostrando o sangue vivo.
Com a cor negra pintava a criança orfã de pai mas principalmente de mâe.
Com a cor branca pintava os rostos das pessoas amigas que já morreram. Devem sentir-se felizes no céu.
Com a cor amarela pintava as pessoas que não amam a vida e, como deserto, vivem como areia na solidão.
Com a cor roxa pintava os sacrifícios da vida e que dão valor à existência humana na terra em que se vive.
Com a cor castanha pintava a terra que o lavrador prepara e onde a semente lançada produz o pão que mata a fome.
Com a cor cinzenta pintava a tristeza para que saísse das pessoas quando perdem os entes queridos.
Com a cor pérola pintava o silêncio que anima os movimentos.
Com a cor lilás pintava os lírios pela elegância que enamorou Salomão
Com a cor laranja pintava o sol irradiando alegria e evolução da vida.
Com a cor verde pintava as florestas de árvores verdes e frescas que nos dão saúde e nos perfumam os ares.
Com a cor rubra pintava os malfeitores que destroem a natureza, modificam o ambiente, atiçam os incêndios e se tornam companheiros do demónio pelas malvadezes que cometem com o seu coração malévolo.
Com a cor azul pintava o céu com a sua cor azul, esperançada na conversão dos destruidores do belo de santidade que o azul celeste transmite a quem reza.
Com a cor anil pintava a superficialide duma vida que morre no material.
Com a cor rosa pintava os sonhos de uma vida de paz onde cada um deseja descansar.
Com os lápis de todas as cores fazia um feixe onde o belo, o bom, a profecia, a prosperidade sepultavam tudo quanto a natureza não pode comportar.

sábado, 14 de agosto de 2010

GÉMEOS

Paulo nasceu gémeo, embora sua mãe só tivesse dado à luz um filho-o Paulo.Sentia-se profunda e visceralmente gémeo e, por falta dum irmão visível, considerava-se gémeo de si mesmo.
Os pais achavam muito estranha esta conduta e esforçavam-se por dar-lhe um irmão.
Como não conseguissem, decidiram adoptar uma criança.
Se bem o pensaram, melhor fizeram. Paulo não ligava meia e não quis tomar conhecimento dele.
Especialistas americanos foram consultados e a todos, Paulo, respondia convicto:-Sou gémeo, e daí?
Tratava-se a si mesmo como dois, convidava o irmão para passear, Zangavam-se a brincarem, faziam as pazes, tinham duas namoradas distintas, que não compreendiam nada e às vezes troçavam de Paulo.
Ele tudo assumia e não se importava.
Um dia, Paulo decidiu separar-se do irmão. Os gémeos se cansaram.
A separação foi dolorosa , com arrependimento, reconciliação e brigas.
Os dois que havia em Paulo, jã não se entendiam mesmo e Paulo teve uma ideia sinistra:-eliminar o outro.
Logo se arrependeu e preferiu eliminar-se a si mesmo.
O outro não deixou. Paulo chorou emocionado. O outro, afinal, era melhor que ele.
-Nem tanto-disse o irmão. Se tu te matares, fico eu sem existência e isso não me convem! Sejamos egoístas,Paulo!
. Mas está tão absurda esta vida a dois...
- Tenho uma ideia: E se nos tornarmos trigémeos?... Assim a conversa fica mais variada...
- Não e não. A melhor solução é fundirmo-nos num só e o nome Paulo prevalece sobre o teu que és o Francisco.
E assim resolveram o problema .O Paulo Francisco ficou senhor de si mesmo e a vida tomou outro rumo que levou tempo a ser normal.
Os pais ficaram aliviados com esta solução.
De psicopatas anda o mundo cheio.Coitados de quem os atura!
Do autor Carlos Drumond de Andrade

PERGUNTA DE ALGIBEIRA

-Porque é que o médico é a antítese da água?
-Porque a água mata a secura e o médico, se cura não mata.
.
Porque é que um sábio é a antítese de uma pistola?
-Porque o sábio discorre e a pistola dispara

GENEROSIDADE

Barnabé, ainda que ilógico, tem um coração bondoso.
Certo dia encontrou um cego que seguia à sua frente conduzido por uma bengala apropriada.
A dada alturs, avança o passo e fala-lhe:
- Isto que aqui tenho deve ser-lhe muito útil para subir e descer escadas quando estiver muito escuro.
E meteu-lhe na mão uma caixa de fósforos de cera que acabara de comprar.

PROVÉRBIOS DE AGOSTO

1- O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito dia 1 de janeiro
2-Agosto chuvoso dá gosto à vida
3-Quem se casa em Agosto não junta dinheiro
4-Quem não debulha em Agosto, debulha com mau rosto
5-Não faças do queijo barca, nem do pão são Bartolomeu

domingo, 8 de agosto de 2010

UMA ANEDOTA DE SOUSA MARTINS

Por ocasião da morte de Sousa Martins, em 1807, Fernando Costa que escrevia nessa época para o "Comércio do Porto" as suas revistas políticas, consagrou uma delas à memória do ilustre homem de setenta, então falecido. E são dessa revista em Agosto de 24 do dito ano, os trechos que aqui se transcrevem:
" Que deliciosas e descuidadas conversas de então! Que sede de episódios, relembrados depois de toda a vida e que são como que elos da cadeia constituida pelos diversos períodos desta!

"Quantas vezes nos recordou, pelo tempo fora, provocando-nos sempre um riso são e muitas vezes comentários novosuima anedota daquele tempo. profundamente característica!

"Havia na farmácia do tio Lázaro (PHARMÁCIA ULTRAMARINA À MOEDA) um praticante dos seus 14, 15 anos, que era discípulo de Sousa Martins, numa explicação de física, química e ciências naturais que este dava às tardes de alguns dias da semana, no Colégio Nossa Senhora da Conceição, a Santos-o- Velho.
Um dia o rapaz abeirou-se do seu explicador na farmácia em ocasião que lhe pareceu propícia para a resposta favorável que desejava e disse-lhe tomando coragem:
-Eu tinha um favor a pedir ao senhor Sousa Martins!
-Peça lá e depressa que tenho muito que fazer!
. É que eu tinha muita vontade de ser materialista e queria que o senhor Sousa Martins me indicasse os livros por onde hei-de estudar!
Quando à tarde o doutor Sousa Martins nos contou este caso, em presença do futuro aprendiz de materialismo, para ver se compreendia a asneira do que pedira, as gargalhadas dos presentes foram verdadeiramente huméricas.
Mais tarde, depois disto, assistia num auditório sobre uma prelecção que versava sobre materialismo onde o prelector combatia as tendências espiritualistas, não tanto com a solidez dos seus argumentos como, principalmente com os dardos da sua ironia e os sorrisos do seu desdem. A meio da palestra, Sousa Martins disse:
Este é como o outro da botica. Aprendeu para materialista também.
O que o doutor Sousa não via, ou fingia não ver, eram as tendências materialistas que ele criava nos seus alunos .Este prelector fora seu aluno também.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O RISO INIMIGO DA BELEZA

Li algures que , com frequência, se inventam MANIAS para conservar a beleza feminina.Uma delas consiste em que a pessoa que queira conservar a sua beleza, deve abster-se de rir.
A beleza e o riso são inimigos. Para que as rugas não surjam, a mulher tem de abster-se de rir.
Em Londres apareceram cerca de uma centena de senhoras, que por coisa alguma não se riam e eram mulheres sem expressão. Todas elas andavam por volta dos quarenta anos e estavam convencidas de que se refreassem a alegria do rosto conservavam a sua leveza e a segurança das linhas.
Certo dia, um jornalista, visitou uma sacerdotiza numa grande recepção, acabando por dialogar com ela. Dias depois estava a tomar chá com ela. Observou-a e notou que era uma senhora de rosto belo mas sem a graça dum sorriso.
A certa altura, com boa disposição, disse ela" Já não rio há dois anos.Evito igualmente o trabalho manual e as preocupações"
Enquanto conversavam, foi servido o chá. De repente, como se lembrasse que esta atitude poderia trazer problemas para o rosto, virou-se para o empregado para que servisse o chá ao convidado a quem depois também dirigiu a palavra:"Uma mulher pode reduzir dez anos de vida na cara, evitando fazer coisas como estas.Perdôe não o acompanhar neste acto e console-se o senhor!"
O jornalista não se conteve e limitou-se a responder:"O sorriso é a graça da mulher. Quantas vezes ela não tem sinais de beleza exteriores, mas basta-lhe um sorriso de simpatia para o conceito de quem a observa ser diferente.Fique-se com a sua mania, que eu vou tomar chã com quem saiba sorrir. Mulheres há muitas e prendadas. Tome juízo.
E saiu porta fora.

domingo, 1 de agosto de 2010

INVENTORES CÉLEBRES

O milionário Andrew Carnegie, quando entregou duzentos mil dólares à Sociedade de investigações científicas de New York, pronunciou um discurso em que referiu alguns dos melhores científicos de todos os tempos:
1- Gutemberg, gravador alemão que descobriu os caracteres móveis de imprensa e a impressão tipográfica
2- Volta, físico italiano, que construiu a primeira pilha eléctica e descobriu a electricidade dinãmica
3-Papin, físico francês, que descobriu a força elástica do vapor e experimentou a sua utilização.
4-Os irmãos Montgolfier, frabricantes de papel em Annonay (França) que inventaram os aeróstatos.
5-James Watt , mecânico escocês, que foi o primeiro a tornar completamente automática a máquina a vapor.
6-Richard Arkwrith, fidalgo inglês, que substitui a roca e o fuso pela máquina de tecer.
7-Jaquard, mecãnico lionês, que construiu o tear, o qual com alguns aperfeiçoamentos, ainda hoje se usa.
8-Lamark, naturalista francês, que, na realidade inventou a navagação a vapor, embora essa fama se atribua frequentemente ao americano Fulton.
9-Jenner, médico inglês,que descobriu a vacina contra a varíola que na sua época, era uma praga das mais terríveis da humanidade.
10- Lavoisier, verdadeiro criador de química moderna,guilhotinado na época de terror em 1791.
11-Morse, pintor e físico americano, que, em 1832, inventou o primeiro telégrafo eléctrico.
12.Lehon, engenheiro francês, que criou em 1876, a iluminação a gás cujo sistema o inglês Mordok, aperfeiçoou seia anos depois.
13.-Stepheson, engenheiro inglês, înventor da locomotiva e dos carris dos camnhos de ferro.
14-Bessemer, engenheiro inglês,que imaginou o convertor de aço e revolucionou a indústria metelúrgica.
15- Morton, médico inglês que descobriu as propriedes anestésicas do éter.
16-Pasteur,especialista popular pela descoberta da vacina anti-rábica, mas que deu provas de um génio muitomais vasto, desmonstrando o papel dos micróbios em todas as fermentações, putrefacções e doenças infecciososas.
17-Edison, engenheiro americano, inventor do fonógrafo, do cinematógrafo e da lâmpada incandescente e autor também de importantes aperfeiçoamentos em electricidade e mecânica.
18-Marconi, italiano que soube aplicar as investigações de Brauly à telegrafia sem fios.
19-Mouillard, desenhador e observador naturalista, francês que, na sua obra"O Império do Ar," determinou as leis vôo das aves e foi o primeiro a construir e a fazer voar um aeroplano.
20-Roentgen, sábio alemão, que descobriu os raios X, permitindo assim a fotografia através dos corpos opacos.
21- Curie, físico e químico francês, que descobriu o rádio.
E no seu discurso continuou, "ao lado destes muitos outros inventores por inumerar e que a humanidade esquecerá pela habituação dos bens que eles nos deixaram.