segunda-feira, 16 de agosto de 2010

UMA CAIXA DE LÁPIS

A Joana tinha uma caixa de lápis com muitas e lindas cores.
As cores umas eram quentes e outras frias e brilhantes.
Com a cor vermelha pintava as feridas mostrando o sangue vivo.
Com a cor negra pintava a criança orfã de pai mas principalmente de mâe.
Com a cor branca pintava os rostos das pessoas amigas que já morreram. Devem sentir-se felizes no céu.
Com a cor amarela pintava as pessoas que não amam a vida e, como deserto, vivem como areia na solidão.
Com a cor roxa pintava os sacrifícios da vida e que dão valor à existência humana na terra em que se vive.
Com a cor castanha pintava a terra que o lavrador prepara e onde a semente lançada produz o pão que mata a fome.
Com a cor cinzenta pintava a tristeza para que saísse das pessoas quando perdem os entes queridos.
Com a cor pérola pintava o silêncio que anima os movimentos.
Com a cor lilás pintava os lírios pela elegância que enamorou Salomão
Com a cor laranja pintava o sol irradiando alegria e evolução da vida.
Com a cor verde pintava as florestas de árvores verdes e frescas que nos dão saúde e nos perfumam os ares.
Com a cor rubra pintava os malfeitores que destroem a natureza, modificam o ambiente, atiçam os incêndios e se tornam companheiros do demónio pelas malvadezes que cometem com o seu coração malévolo.
Com a cor azul pintava o céu com a sua cor azul, esperançada na conversão dos destruidores do belo de santidade que o azul celeste transmite a quem reza.
Com a cor anil pintava a superficialide duma vida que morre no material.
Com a cor rosa pintava os sonhos de uma vida de paz onde cada um deseja descansar.
Com os lápis de todas as cores fazia um feixe onde o belo, o bom, a profecia, a prosperidade sepultavam tudo quanto a natureza não pode comportar.

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