sexta-feira, 27 de agosto de 2010

JOHANNA SPYRI-CELEBRIDADE DA SUÍÇA


Johanna Spyri
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Johanna SpyriJohanna Spyri (Hirzel, 12 de junho de 1827 - Zurique, 7 de julho de 1901) foi uma escritora suíça. Seu nome de soltera era Johanna Louise Heusser. É conhecida mundialmente por seu conto de Heidi.

"Desde a risueña e antiga cidade de Maienfeld parte um caminho que, entre verdes campos e tupidos bosques, chega até o pé dos Alpes majestuosos, que dominam aquela parte do vale. Desde ali, o caminho começa a subir até a cume das montanhas através de prados de pastos e olorosas ervas que abundan em tão elevadas terras".

Com esta poética descrição, começa a mais famosa das obras desta autora, que tem feito as delícias de todos os meninos do mundo durante várias gerações: Heidi.

Biografia
Johanna Spyri nasceu em Suíça como Johanna Louise Heusser, o 12 de junho de 1827, na aldeia de Hirzel, nas alturas, a uns 11 km de Zurique.

Hirzel é um pequeno povoado emplazado na verde saia de uma colina. Para chegar até ali há que atravessar extensos bosques de pinos; quando estes terminam, o caminho está bordeado por árvores frutales. Na aldeia há flores por todos os lados, as casas são pequenas e confortables, tendo a maioria delas uma huerta e também jardim.

Johanna foi a quarta filha do casal formado pelo Dr. Johann Heusser e da poetisa Meta Sebweizer. Sua casa branca, que ainda se conserva, esta localizada nas afueras de Hirzel, justo quando o terreno começa a ascender a montanha verde. Desde a janela do andar superior, obtém-se uma vista dos pinos e do Lago de Zurique. Johanna foi uma menina sensível, com enorme amor pela música, as aves e as flores dos campos alpinos e dos bosques próximos a seu lar.

A escola à qual coincidiu primeiro Johanna, e depois seus irmãos, tinha sido um granero no meio de um sembradío. Seguramente seu primeiro maestro deveu ter sido muito pouco hábil para confundir seu timidez com holgazanería, humilhando-a constantemente ante toda a classe. O resultado foi que a sacou de ali e a enviou à outra escola da aldeia, que funcionava em casa do pastor da villa.

Aos 14 anos, Johanna foi a viver a Zurique à casa de uma tia, e ali assistiu durante dois períodos lectivos a classes de idiomas estrangeiros contemporâneos, ao mesmo tempo que tomou lições de piano]]. Depois passa em um ano em um internado da cidade da Suíça francófona, Yverdon.

Seu afición musical sempre foi evidente. Gostava muito do piano, até que escutou o som da harpa. Em um dia, quando ela e sua amiga Netti Fries caminhavam pelas ruas da cidade, viram uma harpa no escaparate de uma loja musical. Decidiram comprá-la mas não tinham o dinheiro suficiente. Sacrificaram então suas poupanças, juntaram o dinheiro de ambas e fizeram a compra. Como não se decidiam em qual das casas ficaria guardada a harpa, chegaram a um acordo: trocá-la-iam a cada duas semanas. Assim foi que Johanna cumpriu um de seus maiores sonhos: aprender esse difícil mas belo instrumento de sensatas.

Durante sete anos, entre 1845 e 1852, Johanna transforma-se em maestra de suas irmãs menores, aproveitando o tempo livre para fazer leituras que foram enriquecendo sua capital intelectual e espiritual. Nas épocas de férias, sua afinidad com a natureza levava-a para a região de Chur, palco que depois seria transladado como a principal cenografia da acção de Heidi.

Em 1852, sua vida muda radicalmente. Seu irmão Theodor, estudante de medicina, tinha um amigo estudante de direito, Bernard Spyri, quem desenvolvia também as tarefas de editor do diário Confederated Newspaper. Em uma oportunidade, quando Bernard visita a Theodor, conhece a Johanna, se apaixona dela e terminam se casando, radicándose definitivamente em Zurique.

Para ocupar o tempo que lhe ficava livre e para não se sentir tão sozinha, sobretudo porque sentia muita nostalgia de seus lugares, começa a participar, junto com duas amigas, em um grupo artístico e literário. Não obstante estas distracções, seu espírito vai decayendo até sumir-se em uma funda depresión e um sentimento de solidão superlativo que a fizeram se sentir realmente doente. Esta vivência seria transladada depois à história de Heidi, quando a menina deve deixar Suíça para viver em Frankfurt, longe do ar puro e do som do vento entre as folhas dos pinos. Só pôde superar esta doença quando nasceu seu filho, Bernhard, em 1855.

A partir de 1868, o Sr. Spyri é nomeado contador da cidade. Devido às novas obrigações e a ter que frequentar outros círculos sociais, o casal se muda a uma casa no centro de Zurique, próxima ao lago. Seu filho, ao mesmo tempo, avança em seus estudos musicais e chega a ser um bom violinista, executando dúos com sua mãe ao piano. É durante esta época que Johanna começa a escrever com intensidade, com o objecto de arrecadar fundos para a Cruz Vermelha Internacional e seu primeiro livro Uma folha na tumba de Vrony, vê a luz em 1871, assinada só com o iniciais J.S. Em 1870, quando Johanna tinha 43 anos, enquanto Europa suportava a Guerra Franco-Prusiana, com a intenção de lhe fazer passar momentos gratos a seu filho, sua pluma abordou com paixão as próprias lembranças infantis, que foram plasmándose com maestría infinita na vida da menina huérfana que vai viver às montanhas com seu avô. Tinha nascido Heidi, que seria publicado dez anos mais tarde, em 1880, já com o nome de sua autora, daí em mais: Johanna Spyri.

Entre 1872 e 1873, continua produzindo obras narrativas, enlaçadas por um tema em comum: as felizes vivências do passado, da infância e adolescencia, ensambladas no processo do mudo interior que o presente ocasionava.

A partir de 1879 começa o período mais productivo na narrativa de Johanna, escrevendo vinte livros em cinco anos, período que corresponde à publicação de Heidi.

1884 é um ano que marcá-la-ia para sempre, pois falecem primeiro seu filho, aquejado de uma longa doença, e depois seu esposo e colega, ficando sozinha na vida. Decide mudar-se de casa, consegue uma moradia mais central, e uma sobrinita vai viver com ela para que não se sentisse completamente sozinha. A partir de então Johanna faz muitas obras de caridade e escreve para deleitar a sua sobrinha, tal como tinha feito com seu filho três lustros atrás.

Viúva aos cinquenta e três anos, Johanna Spyri viveu serenamente em Zurique, escrevendo muitos contos sobre os meninos que vivem nas montanhas, com seus costumes e seus brinquedos que eles mesmos fabricavam, e seu contínuo diálogo com os animais e as paisagens do meio. Assim, nos últimos anos de sua vida, entre 1886 e 1901, escreve quarenta e oito conto s, tomando férias durante os primeiros meses do novo século pois seu agotamiento era muito grande. Translada-se então a diferentes pontos dos Alpes suíços, chega também ao norte da Itália, e incursiona pelo Lago de Genebra.

Esses relatos começaram a adquirir fama no mundo exterior, Johanna começou a fazer-se muito conhecida e o requerimiento dos críticos, editores e gente de letras era permanente, pelo qual a autora de Heidi evadió a cada vez mais o contacto com o público. Desejava sinceramente evitá-lo, porque preferia "não expor os aspectos mais íntimos e profundos de sua alma ante os olhos humanos”.

Faleceu em Zurique, o 7 de julho de 1901.

Suíça sente verdadeiro orgulho de Johanna Spyri e sua obra, e homenageou-as em múltiplas oportunidades em selos postales e moeda. Evidentemente, Heidi resultou a todas luzes mais famosa que sua criadora já que é, sem lugar a dúvidas, um das personagens mais conhecidas da literatura suíça em general e da literatura infantil em particular. Não só é uma figura literária, uma personagem de ficção]], senão que é a encarnación alegórica da sociedade suíça pois representa à natureza intacta dos Alpes com seus praderas, montanhas e paisagens idílicos.

Além da série de "Heidi", outros livros da autora são: "Grittli ", "Jörli", "A pequena selvagem", "O lago dos sonhos", "Luisita", "Sem Pátria", "Heimatlos", "Sina" e "Verirrt und Gefunden".

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